Douglas Michel Ribeiro Porto
Douglas Porto, neste livro, fruto de sua reflexão sobre os eventos de 2013, mostra com uma profunda e brilhante argumentação que […] em junho de 2013 foi exatamente a esperança que mobilizou e motivou aquele movimento de multidão. Uma esperança que, como é argumentado com base numa competente interpretação de Bloch, é uma força potente para mobilizar sonhos, convertê-los em sonhos diurnos, utopias concretas, atitudes e para transformar mundos. Numa sintética e cuidadosa revisão da literatura sobre movimentos sociais, Douglas Porto constatou que as teoria tendem a enfatizar a racionalidade por trás de suas mobilizações, associando-as à concepção do homo economicus Sua cuidadosa investigação dos eventos, enriquecida por uma criativa analise de imagens, levou-o a discordar desta redução racionalizante – e a descobrir na força da esperança e na ambiguidade dos afetos expectante impulsos mobilizadores abrangentes. Ainda que analise trazida no livro toma como ponto de partida eventos ocorridos há uma década, enquadra-os numa discussão supratemporal sobre aquilo que move as pessoas a se engajarem em atividades de caráter público-político, sejam elas protestos ou movimentos sociais.
Emil A. Sobottka