Luís Artur Borges Pereira
Apresento Luís Borges, o ensaísta, o cronista, o crítico literário. Ele cruzou todas as fronteiras do conhecimento, percorreu os labirintos da poesia, as cadeias de montanhas dos densos ensaios, as veredas da literatura, adentrou nos bosques escuros da filosofia. Dialogou com Marx, Freud, Benjamin, leio Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Lima Barreto, Cecília Meireles, João Simões Lopes Neto, Coelho Neto, Olavo Bilac, Manuel Magalhães, Machado de Assis, e uma plêiade de outros escritores. Genuíno tipo da nossa urbe – irônico, culto, debochado, mordaz, satírico e utopista, a “um tempo leal e ingênuo, impulsivo na alegria e na temeridade, precavido, perspicaz, dotado de uma memória de rara nitidez”. Iconoclasta, irreverente, de uma mordacidade felina, agressiva, muitas vezes fatal, e para muitos incompreensiva. Participou de uma vida ativa no mundo cultural pelotense, publicando em diversos periódicos locais, caso do Diário Popular e Diário da Manhã. Além disso, escreveu em várias revistas, entre outras: Caderno Cultural, O Theatreiro, Saladero, Posteiro, Vice Verso (poesia sem formol), Caderno Q (Uma publicação da Sociedade Mário Quintana de Poesia). Nós de modo singelo, procuramos resguardar, recuperar e quem sabe preservar um pouco de seu conhecimento. Disso brotou o convite aberto, franco e sincero do Presidente do Instituto João Simões Lopes Neto, representado por Carlos Francisco Sica Diniz, para que fosse organizado um evento para discutirmos/conversarmos/dialogarmos sobre Luís Artur Borges, afinal, cinco anos tinham se passado, desde o seu falecimento. Desse encontro, dessas conversas, por sugestão do Prof. Agemir Bavaresco, um dos membros da banca de defesa, nasceu o projeto de editar a tese de doutorado defendida em 2014, trabalho este que teve como orientador o Prof. Elomar Tambara e co/orientador o Prof. Eduardo Arriada. Na certeza de ter sido um trabalho coletivo, só podemos agradecer a oportunidade desse texto tornar-se público.
Estimado leitor, escuta-o.
Eduardo Arriada
Carlos F. Sica Diniz
Agemir Bavaresco