Luiz Carlos Bombassaro, Paulo César Nodari (Organizadores)
“Mais do que nunca se faz sentir a urgência do compromisso do ser humano assumir a vida no mundo em que está imerso em situação vital e em diálogo permanente através de suas formas de ser no mundo. Ainda que o mundo não seja o bem supremo do homem, ele se constitui como condição concreta e irrecusável, onde cada um deve buscar sua perfeição e realização pessoal. Faz-se necessário, portanto, articular um novo sentido de vida para o ser humano. Clama-se por uma espiritualidade que articule um encontro novo do ser humano com a vida, com a história, com o mistério do mundo, com a razão do desenvolvimento e da evolução e, evidentemente, com Deus. O ser humano deve ser compreendido como um nó de relações, voltado para todas as direções, para trás, para os lados, para frente e para cima. Nós somos cidadãos do mundo e não apenas desta ou daquela comunidade, deste ou daquele país. Nós vivemos numa comunidade de destino, ou seja, o destino de toda espécie humana está associado, indissoluvelmente, ao destino do planeta e do cosmos. Nós, criaturas e expressão da parte consciente do planeta Terra, precisamos aprender a conviver, democraticamente, com todos os seres e repartir com eles os meios de vida. Trata-se, então, de perceber que o universo inteiro repercute em cada um de nós. Temos, por isso, o compromisso inadiável de lutar para superar todas as situações e circunstâncias vergonhosas em que sinais de desrespeito e degradação da vida humana se apresentam. Essa missão não pertence a este ou àquele. Ela pertence a todos.”