Ednan Galvão Santos, Fábio Caires Correia, Joaquim Alberto Andrade Silva, Priscila Cardoso, Rafael Furtado da Silva (Orgs.)
Esse terceiro número tem por objeto de estudo os Direitos Humanos. Os Direitos Humanos são amplamente discutidos hodiernamente. Um debate que não se encerra na teoria, mas na crítica. Crítica cuja tarefa é preservar a problemática do conceito, sem perder de nosso horizonte a efetividade, i.e., a materialidade do que sejam os Direitos Humanos. Encontrar uma definição dos Direitos Humanos amplamente reconhecida ou universalmente válida é improvável por várias razões, entre elas, porque é um conceito multifacetado e multidimensional e a expansão ou redução do conceito resultaria no abandono dos seus valores descritivo e explicativo, enfraquecendo sua potência. Porém, é essencial compreender o seu significado. O ponto de partida é tentar aproximar-se de um conceito capaz de justapor a sua melhor compreensão, i.e., aproximar o conceito da coisa sem reduzir a coisa à camisa-de-forças do conceito. O pensamento crítico é salutar à reflexão sobre os Direitos Humanos na medida em que assume a postura de contextualizar as narrativas pelo viés da historicidade. Em que pese a relevância das construções epistemológicas e dogmáticas nessa seara, as experiências concretas e seu contexto histórico específico devem ser levados a sério.
Os Organizadores